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Às vezes, chega um momento em que a paciência se esgota e é necessário responder à altura. Trabalhei por 12 anos na assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, e uma das experiências que tive foi uma carta enviada a uma emissora de TV em resposta a críticas injustas e infundadas feitas por um apresentador. Essa carta foi mais do que uma reação: foi um manifesto em defesa da verdade e dos profissionais que dedicam suas vidas à segurança pública.
A emissora em questão frequentemente fazia comentários desrespeitosos e irônicos sobre a polícia de São Paulo, ignorando dados, contextos e, mais grave ainda, as informações detalhadas enviadas pela assessoria. Em uma dessas ocasiões, um apresentador — claramente despreparado e sem qualquer conhecimento profundo sobre segurança pública — ridicularizou o trabalho das autoridades com insinuações que beiravam o absurdo.
A carta enviada pela equipe foi contundente, e com razão. Ela não apenas rebateu as críticas injustas como também expôs a superficialidade e a falta de profissionalismo daquele comentário. A indignação expressa não era gratuita: era uma defesa necessária de uma instituição que, apesar de todos os desafios, apresentava os melhores índices criminais do país. Ficar em silêncio ou adotar um tom conciliador naquele momento seria o mesmo que aceitar o desrespeito e permitir que a desinformação prevalecesse.
A verdade é que, em alguns casos, uma resposta reativa e firme é a única maneira de proteger a reputação e o trabalho de quem está na linha de frente. Não se trata de ser agressivo, mas de deixar claro que existem limites para críticas infundadas e que a credibilidade de uma instituição não será atacada sem contestação.
Defender o que é justo, mesmo que isso signifique reagir, é um dever.
