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Durante minha trajetória na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, enfrentei crises que exigiram respostas rápidas, estratégicas e, acima de tudo, humanas. Entre elas, destaco três episódios que marcaram minha carreira e me ensinaram lições valiosas sobre a gestão de crises de imagem.
𝟣. 𝘖𝘴 𝘢𝘵𝘢𝘲𝘶𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘪𝘰 𝘥𝘦 𝟤𝟢𝟢𝟨
Uma onda de violência orquestrada colocou o estado em alerta máximo. Naquele momento, percebi como a falta de comunicação eficiente pode gerar ainda mais pânico. Trabalhei na elaboração de mensagens claras, que equilibrassem a necessidade de informar a população e a segurança das operações em andamento. A transparência foi fundamental para restabelecer a confiança e acalmar os ânimos.
𝟤. 𝘖 𝘢𝘤𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘢𝘷𝘪𝘢̃𝘰 𝘥𝘢 𝘛𝘈𝘔 𝘦𝘮 𝟤𝟢𝟢𝟩
O trágico acidente no aeroporto de Congonhas exigiu uma articulação impecável entre diversas autoridades e a SSP/SP. A prioridade foi mostrar empatia às famílias das vítimas e responder com clareza às dúvidas da imprensa e do público. Nesse caso, aprendi que, em crises de grande repercussão, a coordenação entre órgãos e o alinhamento de mensagens são essenciais para evitar informações desencontradas e minimizar o impacto à reputação das instituições envolvidas.
𝟥. 𝘖 𝘤𝘢𝘴𝘰 𝘐𝘴𝘢𝘣𝘦𝘭𝘭𝘢 𝘕𝘢𝘳𝘥𝘰𝘯𝘪, 𝘦𝘮 𝟤𝟢𝟢𝟩
A morte brutal de Isabella gerou uma comoção nacional sem precedentes. Lidar com um caso de tamanha repercussão exigiu sensibilidade para comunicar os avanços da investigação sem comprometer a ética ou expor informações sigilosas. Aprendi que a comunicação, nesses casos, deve ser transparente e responsável, para equilibrar a pressão da opinião pública com a condução adequada do processo judicial.
Esses episódios me mostraram que a comunicação em crises vai muito além de conter danos. Trata-se de construir pontes de confiança em meio ao caos e de transformar momentos críticos em oportunidades para reforçar valores institucionais.
