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O ministro do STF Dias Toffoli viajou com partes envolvidas em processos. A notícia explodiu em minutos. E a percepção pública fez o resto. Trabalho há 20 anos com crises de imagem no setor público e privado. Vi reputações ruírem por gestos muito menores que esse. Porque, no topo, cada movimento comunica. Um jantar vira manchete. Um voo vira suspeita. Uma foto vira crise nacional. A sequência dos fatos criou a narrativa perfeita para dúvidas: ministro do STF viaja em jato particular com advogado de processo que ele próprio julgará. Não importa se houve má-fé ou não. A aparência de conflito já bastou. Percepção é tudo e não espera explicações. Na Secretaria de Segurança Pública, aprendi que autoridades vivem numa vitrine 24 horas por dia. Cada decisão, cada encontro, cada viagem pode virar crise se não for bem pensada. E quando você ocupa o topo da pirâmide judiciária? A lupa fica ainda maior. Crise de imagem se evita assim: Mapeie todos os riscos reputacionais Defina protocolos rígidos para relacionamentos Documente todas as decisões importantes Treine percepção pública antes de agir Comunique com transparência preventiva A verdade inconveniente: prevenção custa pouco, reparação custa caro em dinheiro, tempo e credibilidade. O Supremo Tribunal Federal não pode se dar ao luxo de parecer parcial. A confiança nas instituições já está abalada. Cada gesto importa. Transparência não é virtude. É sobrevivência institucional. E você? Acha que estamos cobrando demais ou ainda cobramos pouco quando a confiança pública está em jogo?



